Depois de todo este tempo ainda sou capaz de me perguntar como voltei a cair na tentação, como voltei a entrar no abismo e cair de novo no erro. Mil e um dias depois, mil e uma noites passadas em claro, e o meu coração volta a palpitar, volta a vibrar, mas há algo de estranho nele. Sinto que não tem mais força, ou então o cérebro ligou uma tomada nele e o avisou de todos os perigos constantes, de todas os golpes que o desferiram em múltiplos pedacinhos e o alertou para a realidade. Ou então não, foi ele mesmo que aprendeu com a vida, com a experiência, com o dia a dia, com vários momentos, bons e maus, que o alertaram a ele mesmo para o mal da vida, para a tentação. Ele próprio sabe que está errado e sabe as consequências, mas avança, no entanto, cauteloso. Toda a gente sabe que quem manda é o coração, mas no fundo sabem igual que a cabeça tem que estar sempre presente em todas as atitudes, todas as ações, em todos os pensamentos. E se amar cega uma pessoa, então pensem em operações, em fortes graduações, em tudo e mais alguma coisa, e pode até começar a ver-se desfocado, mas melhor que cego é qualquer coisa. Principalmente nós mulheres. Eles não mandam em nós, eles não podem ser mais capazes de nos deixar cegas; lutem por vocês mesmas e sejam felizes sem eles, ou melhor, com eles mas tendo em consideração vocês mesmas.
Eu errei de novo, mas desta vez errei com consciência. Mas o meu coração não vai mais partir-se em dois, ou três. Ele vai manter-se de pé, custe o que custar.
Sem comentários:
Enviar um comentário